O carnaval já passou? A hora de aplicar em fundos imobiliários é agora!

Entenda as nuances do mercado de investimentos e como aplicar em fundos imobiliários da forma correta.

Tempo de leitura: 20 minutos Compartilhar

Por: Trinus.Co

O carnaval se despediu, mas é tempo de manter o ritmo de celebração, desta vez focando em investimentos inteligentes. Cada vez mais os Fundos Imobiliários (FIIs) têm se mostrado uma excelente alternativa para quem busca rentabilidade e diversificação na carteira de investimentos. 

Neste artigo vamos explorar o que são fundos imobiliários, como começar a investir neles, a comparação com outros tipos de investimentos, e daremos dicas valiosas para escolher fundos alinhados aos seus objetivos e perfil de risco.

O que são Fundos Imobiliários?

Os Fundos Imobiliários (FIIs) representam uma modalidade de investimento de renda variável que proporciona aos interessados a oportunidade de participar do mercado imobiliário sem a necessidade de adquirir propriedades por completo

No contexto dos FIIs, os investidores se tornam cotistas e, consequentemente, coproprietários de um portfólio diversificado de ativos imobiliários.

O funcionamento dos FIIs é regido por uma estrutura que engloba gestores profissionais responsáveis pela administração do fundo, escolha e gestão dos ativos, bem como a distribuição dos rendimentos obtidos.

A Lei Federal 8668/1993 (artigo 10º, parágrafo único) diz que todo Fundo Imobiliário é obrigado a distribuir, no mínimo 95% do seu resultado semestral, ou seja, depois que recebeu suas receitas e pagou suas despesas, o FII deve distribuir praticamente tudo que sobrou. 

Outra vantagem que os FIIs oferecem é a oportunidade de diversificar os investimentos em várias tipologias de propriedades, tais como edifícios comerciais, shopping centers, hospitais, créditos imobiliários e até mesmo empreendimentos residenciais.

Além disso, a aplicação nos Fundos Imobiliários proporciona uma alternativa de investimento acessível, permitindo que investidores com diferentes perfis participem do mercado imobiliário de maneira indireta. 

Essa abordagem mais acessível é particularmente valiosa para aqueles que desejam diversificar sua carteira sem a necessidade de gastar um alto valor inicial ou estão iniciando no universo de investimentos.

Como começar a aplicação em Fundos Imobiliários?

Iniciar a aplicação em Fundos Imobiliários demanda uma abordagem cuidadosa e bem informada do mercado. A seguir, apresentamos um guia com algumas dicas essenciais para aqueles que desejam começar no universo de investimentos:

  1. Autoconhecimento financeiro

Antes de tudo, compreenda seu perfil de investidor. Avalie sua disposição para riscos, estabeleça metas financeiras claras e conheça o tempo que pode dedicar aos investimentos. 

Essa reflexão ajudará a alinhar suas escolhas aos seus objetivos  Além disso, a inteligência emocional desempenha um papel relevante na tomada de decisões financeiras, permitindo que o investidor mantenha a calma em momentos de volatilidade e aja com racionalidade.

  1. Estudo do mercado

Aprofundar-se no conhecimento do mercado de Fundos Imobiliários é importante para qualquer nível de investidor. Estude os diferentes tipos de fundos, como fundos de papel e fundos de tijolo. 

Analise suas estratégias de investimento, históricos de rentabilidade e a reputação dos gestores envolvidos. Esse entendimento prévio permitirá que você faça uma escolha mais consciente e que esteja alinhada aos seus objetivos.

  1. Escolha de uma corretora confiável

A escolha da corretora é um passo estratégico na jornada de investimentos. Opte por instituições financeiras confiáveis, com plataformas intuitivas, facilidade de compra e venda de ativos e, preferencialmente, com taxas competitivas. Uma corretora sólida facilitará sua jornada de investimento.

  1. Diversificação da carteira

Em todos os investimentos, é importante adotar a diversificação como estratégia fundamental. Com os FIIs não seria diferente.  Busque fundos que possuam diferentes tipos de ativos imobiliários, setores e regiões geográficas. Isso reduzirá riscos e aumentará a estabilidade da sua carteira.

  1. Análise do gestor do fundo

O gestor do fundo desempenha um papel fundamental no sucesso do investimento. Pesquise sobre a reputação do gestor, e a qualidade das decisões. Essa análise ajuda a entender como o fundo será gerido e qual é a estratégia adotada para otimizar os retornos.

  1. Avaliação do histórico de rendimentos

Analise o histórico de rendimentos do Fundo Imobiliário. Considere não apenas os resultados recentes, mas também o desempenho ao longo do tempo. Isso fornecerá uma visão mais abrangente da consistência e capacidade  do fundo em entregar retornos aos investidores. 

Mas lembre-se: “rentabilidade passada não representa garantia futura”. Por isso, o item 7 é fundamental..

  1. Acompanhamento periódico

Após iniciar a aplicação, é fundamental realizar um acompanhamento periódico dos seus investimentos. Esteja atento às mudanças no mercado, na economia e no desempenho do fundo. Isso permitirá ajustes estratégicos conforme necessário, contribuindo para uma gestão mais eficiente da sua carteira.

Comparação de FIIs com outros tipos de investimentos

Ao analisar Fundos Imobiliários em comparação com outras formas de investimento, percebe-se que eles oferecem características únicas. 

Mensalmente, a maior parte dos Fundos Imobiliários realizam a distribuição de rendimentos aos seus cotistas, fazendo com que essa classe de ativos tenha uma atratividade relevante para aqueles que buscam por uma renda mensal. 

Vamos explorar como os FIIs podem se destacar em comparação com algumas opções mais tradicionais:

  • Renda recorrente e menor volatilidade: os FIIs buscam manter uma distribuição na casa de 1% ao mês, e possuem menos variações de mercado quando comparado a ativos como as ações. Isso se traduz em um fluxo de caixa mais consistente em comparação a investimentos sujeitos a maior volatilidade;
  • Diversificação e redução de riscos: comparados a investimentos individuais em imóveis ou ações, os FIIs destacam-se pela diversificação embutida. Isso ocorre devido à abrangência de diversos setores como shopping, logística, escritórios, desenvolvimento, recebíveis e até mesmo ativos híbridos. Ao adquirir cotas de um fundo, os investidores geralmente têm exposição a uma variedade de propriedades e ativos, reduzindo os riscos associados a um único empreendimento ou setor.
  • Acessibilidade e menor custo: investir diretamente em propriedades pode demandar capital significativo e envolver despesas operacionais consideráveis. Os FIIs, por outro lado, oferecem uma entrada mais acessível, permitindo que investidores participem do mercado imobiliário com investimentos menores. Além disso, os custos operacionais são diluídos entre os cotistas, tornando-os mais eficientes em termos de despesas;
  • Liquidez e facilidade de negociação: em comparação com investimentos imobiliários tradicionais, que podem ser menos líquidos e exigir processos demorados de compra e venda, os FIIs listados são negociados na Bolsa de Valores (B3) e no mercado secundário. Isso confere maior liquidez, possibilitando aos investidores comprar ou vender cotas com relativa facilidade, tornando-os atrativos para aqueles que valorizam a flexibilidade;
  • Rentabilidade e potencial de valorização: além dos rendimentos mensais, a valorização das cotas dos FIIs no mercado secundário também contribui para a rentabilidade total. Essa característica os torna especialmente atrativos para investidores que buscam uma alternativa que combine renda regular com perspectivas de valorização, proporcionando um equilíbrio entre estabilidade e potencial de crescimento em comparação com outros instrumentos de investimento;
  • Menor exposição à volatilidade do mercado de ações: comparados a ações, que podem ser suscetíveis a flutuações do mercado, os FIIs podem oferecer uma alternativa mais estável. A natureza tangível dos ativos imobiliários muitas vezes resulta em movimentos de preços menos voláteis, proporcionando uma proteção adicional em cenários de instabilidade do mercado.

Dicas para escolher fundos alinhados com objetivos e perfil de risco

Escolher os fundos  alinhados com seus objetivos financeiros e perfil de risco é uma etapa importante para construir uma carteira de investimentos eficiente. Diversificação, histórico de performance, qualidade dos ativos na carteira e transparência do gestor são fatores a serem considerados. 

Vamos explicar melhor algumas dicas valiosas para orientar essa decisão:

  • Avalie seu perfil de investidor

Antes de selecionar um FII, é essencial entender o seu próprio perfil de investidor. Avalie como primeiro passo sua tolerância ao risco, horizonte de investimento (período em que pretende manter o dinheiro investido) e objetivos financeiros. Essa autoavaliação ajudará a determinar quais fundos são mais adequados ao seu perfil e metas.

  • Analise a estratégia de investimento do fundo

Cada FII  adota uma estratégia única de investimento. Alguns focam em ativos com potencial de valorização, enquanto outros priorizam a geração de renda por meio de aluguéis. 

Portanto, é fundamental compreender a estratégia específica do fundo para alinhar suas expectativas e objetivos com a abordagem adotada pelo gestor. Essa análise proporciona uma visão mais clara sobre como o fundo busca atingir seus resultados, permitindo uma escolha mais alinhada com sua própria estratégia de investimento e metas financeiras.

  • Histórico de consistência e performance

Analise o histórico de desempenho do fundo, priorizando aqueles com resultados consistentes ao longo do tempo, acompanhe a performance do FII, conferindo o histórico de rendimentos e a rentabilidade ao longo da sua trajetória. 

Fundos com um histórico consistente de distribuição de renda e performance sólida podem ser indicativos de uma gestão eficiente e estratégia bem executada.

  • Avaliação da qualidade dos ativos na carteira

Verifique os ativos que compõem a carteira do FII. A qualidade e localização desses ativos desempenham um papel de destaque no desempenho do fundo. Ativos bem localizados e bem mantidos tendem a ter um desempenho mais sólido ao longo do tempo.

  • Análise da liquidez do fundo

Certifique-se de que o fundo possui boa liquidez, permitindo negociações quando for preciso. A liquidez do fundo é um fator importante, especialmente se a intenção é realizar operações de compra ou venda com frequência. 

Liquidez diz respeito ao tempo e facilidade com a qual um ativo pode ser convertido em caixa. Fundos mais líquidos proporcionam maior flexibilidade, facilitando a negociação de cotas quando necessário.

  • Consideração do cenário macroeconômico

É crucial estar atento ao cenário macroeconômico e compreender como ele pode impactar os ativos imobiliários. Mudanças nas taxas de juros, condições econômicas gerais e dinâmicas do mercado imobiliário podem exercer influência significativa no desempenho dos FIIs. 

Portanto, manter-se informado sobre os indicadores macroeconômicos e entender como esses fatores podem afetar o fundo é essencial para tomar decisões de investimento mais informadas e alinhadas com as tendências econômicas em curso.

Conclusão

Os Fundos de Investimento Imobiliário oferecem uma via acessível e estratégica para quem busca diversificação e renda passiva em seus investimentos. 

Ao entender profundamente o funcionamento dos FIIs, iniciar a aplicação de maneira cuidadosa, comparar com outras opções de investimento e escolher fundos alinhados ao perfil do investidor, é possível construir uma carteira robusta e preparada para enfrentar os desafios do mercado.

A importância da inteligência emocional é evidente na tomada de decisões financeiras, permitindo ao investidor manter a serenidade em momentos de volatilidade e agir com discernimento. 

Dessa forma, os FIIs não só representam uma oportunidade de investimento, mas também democratizam o acesso ao mercado imobiliário, tornando-o mais inclusivo. 

Gostou do conteúdo e ainda possui dúvidas sobre o mercado de investimentos? Então leia nosso outro artigo sobre FIIs e compreenda as diferenças entre fundo imobiliário e outras formas de investimento.

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