Compliance e seus desafios para incorporadoras

A implementação de uma cultura de compliance nas empresas pode não ser uma etapa fácil, por isso preparamos um conteúdo com algumas das principais dúvidas referentes a essa pauta.

Tempo de leitura: 4 minutos Compartilhar

Por: Trinus.Co

Você já ouviu falar na padronização de processos? Esse termo está muito associado à transformação digital, uma vez que a tecnologia permite a construção de fluxos de trabalho com mais qualidade e eficiência devido a uma estrutura adequada e respeitosa. O compliance segue esse mesmo viés, mas vai além do padrão e também abrange o cumprimento de leis, regulamentos e boas práticas de mercado.

Ao longo dos anos, as ferramentas digitais ficaram cada vez mais presentes nos cotidianos das empresas, o que tornou necessário um maior engajamento no cultivo das boas práticas para evitar, por exemplo, condutas abusivas ou corruptas nos ambientes corporativos.

O compliance, junto com toda a empresa, atua para que seja mantido um ambiente saudável e em conformidade. Continue conosco para mais informações sobre esse assunto que com certeza agregará muito valor ao seu conhecimento. Boa leitura!

O que é o compliance?

O compliance pode ser traduzido como “estar em conformidade” com um conjunto de regras e boas práticas para que as empresas estejam sempre alinhadas com as legislações e normativas que regem suas atividades. Para as empresas, ter uma área de compliance é muito importante para que o negócio diminua as chances de perdas financeiras devido a imagem negativa, multas e sanções ou, até mesmo, para evitar a perda do direito de realizar suas operações.

Por meio dele  é possível criar uma cultura empresarial com processos que se alinham cada vez mais com essas finalidades. Além de facilitar a criação de regulamentos internos, a empresa estará atenta aos  requisitos estabelecidos por autoridades reguladoras e/ou pelo governo. 

O papel do compliance para as empresas 

O papel do compliance é reforçar  a  ética nos negócios e uma governança corporativa que mitigue riscos operacionais e de imagem. 

O compliance também promove acompanhamentos e soluções que garantem a proteção de dados utilizados pela empresa e impedem determinadas violações de segurança. Em caso de desconformidade, o compliance promoverá a criação de planos de adequação junto à empresa, para que seja ajustado o que for necessário.

Entenda o conceito do compliance para as incorporadoras

As  incorporadoras têm um conjunto de práticas que tornam possível a construção de uma determinada propriedade. Dito isso, elas são responsáveis por desenvolver e administrar projetos de construção. Logo, o compliance regulatório garante que elas sigam determinadas leis, regulamentos e normas específicas para esse fim.

As leis e regulamentos podem variar de acordo com a  jurisdição local. Dessa forma, é essencial ter um profundo conhecimento nessa área para cumprir as obrigações impostas e segui-las com atenção e transparência.

Desse modo, os profissionais passam a seguir padrões de construção que resultam em ambientes mais seguros. Sob esse ponto de vista, a empresa passa a agir de maneira preventiva, a fim de identificar riscos e solucioná-los antes mesmo que possam afetar as operações.

Além disso, através de treinamentos, devido ao ramo de atuação, estarão cientes quanto a como prevenir situações relacionadas à lavagem de dinheiro, fraude, conflito de interesses e corrupção, por exemplo.

Quais são os principais objetivos da prática do compliance nas empresas?

Basicamente, um dos principais objetivos do compliance nas organizações é reduzir os riscos legais e de imagem, além de treinar e realizar ações que corroboram para que a empresa esteja sempre em conformidade com as regulamentações aplicáveis ao negócio.

Isso agrega valor à empresa, ratificando seu compromisso com o mercado de oferecer serviços e produtos construídos de maneira correta e diligente. Forma-se também uma cultura organizacional com práticas que valorizam um ambiente correto, produtivo e com foco na inovação responsável. 

Quais as principais empresas sujeitas a esse controle regulatório

De maneira geral, qualquer empresa que trabalhe no armazenamento e tratamento de dados pessoais está sujeita a esse controle regulatório. Ao passo que ela precisa estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e deixar claro quais são as boas práticas que a empresa dispõe para impedir o vazamento, roubo ou invasão no sistema corporativo.

O mercado de capitais também é um outro exemplo, devido ao fato de existirem várias regras compostas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que todos os envolvidos devem respeitar. Aliado a isso, todo o mercado financeiro deve estar ciente das leis e regulamentos do seu nicho de atuação. 

Ao mesmo tempo em que segue as diretrizes do Banco Central do Brasil, é necessário ter registros financeiros transparentes, além de garantir a integridade e a Ética Empresarial em todas as suas operações.

Como criar boas práticas de compliance na sua empresa

Antes de mais nada, ter uma equipe dedicada para esse tema é essencial. Além disso, ter uma Alta Administração comprometida e que entenda e dissemine para todos as práticas de compliance, em todas as ações realizadas pela instituição. A liderança da empresa também é muito importante nesse processo de construção da cultura de compliance, uma vez que será através dela que todos os demais colaboradores entenderão o impacto de não seguir as normativas.

Além dos líderes, ter colaboradores engajados em conhecer as regras que permeiam o negócio e com pensamento pró-negócio, com a visão de evitar o descumprimento normativo por parte da empresa, fecha o ciclo do monitoramento conjunto com o compliance. Por fim, todas as áreas da empresa devem construir uma relação de confiança com o compliance, para que possam debater e encontrar soluções juntos para os problemas que surgirem.

Para dar o suporte a toda a empresa, a área de compliance será responsável por desenvolver políticas e treinamentos com foco nas regulações que devem ser atendidas, e ainda acompanhará o dia a dia da empresa para identificar tanto os potenciais riscos legais e financeiros, quanto os de imagem. 

As auditorias periódicas também serão essenciais para seguir e avaliar os resultados do plano de adequação que for proposto. As sugestões ou reclamações são sempre bem-vindas, pois é fundamental que a cultura de feedback esteja presente na evolução do programa de Compliance, para  melhoria contínua.

Conclusão

Neste artigo você entendeu qual é a importância do compliance e quanto ele ajuda no cumprimento das leis e regulamentos que afetam seu nicho de atuação. Portanto, siga essas informações que disponibilizamos aqui e sempre se mantenha atualizado sobre as principais mudanças regulatórias.

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