Valorização imobiliária no interior: dados, tendências e oportunidades de VGV

Entenda como o interior do país concentra as maiores oportunidades de VGV e como empreendedores imobiliários podem se estruturar para acessar o mercado de capitais e aproveitar esse movimento de crescimento.
Tempo de leitura: 4 minutos

O mercado imobiliário brasileiro está passando por uma transformação silenciosa, mas profunda. Enquanto as grandes capitais sentem efeitos da saturação, custos elevados e margens cada vez menores, as cidades médias e polos regionais se tornaram o novo motor do crescimento imobiliário no país.

Essa mudança vem sendo impulsionada por tendências demográficas, econômicas e comportamentais — e os dados mostram que olhar para o interior pode ser uma decisão estratégica para o desenvolvedor imobiliário que deseja escalar o VGV de novos projetos. E em um novo cenário com funding mais caro e restrito, é preciso estar bem estruturado para acessar o mercado de capitais.

O novo mapa do crescimento imobiliário no Brasil

O crescimento do mercado imobiliário nas cidades médias é um reflexo direto das transformações no comportamento do consumidor ao longo dos últimos anos. De acordo com o IBGE, cidades de porte médio concentram grande parte do crescimento populacional brasileiro, atraindo famílias que buscam mais qualidade de vida, segurança e custo de moradia mais acessível.

O trabalho remoto e híbrido também ampliou o alcance dessas regiões, permitindo que profissionais vivam fora dos grandes centros sem abrir mão de oportunidades. Esse movimento tem impulsionado o crescimento do mercado imobiliário regional, criando novos polos de valorização e acelerando a demanda por moradias.

Segundo a CBIC (2024), o Nordeste e o Centro-Oeste registraram crescimento acima da média nacional, com +20,5% em lançamentos e +20,8% em vendas de imóveis. No Sul, cidades como Balneário Camboriú (SC) e Itapema (SC) já ultrapassaram São Paulo e Rio de Janeiro no valor médio do metro quadrado (FipeZAP, 2025).

Esses dados comprovam: o VGV está migrando para mercados mais dinâmicos, acessíveis e com maior potencial de valorização.

Déficit habitacional e valorização: o combustível do mercado imobiliário regional

O déficit habitacional no Brasil ainda ultrapassa 5,9 milhões de moradias, segundo dados da Fundação João Pinheiro. Grande parte dessa demanda vem justamente das cidades médias e polos regionais, que se consolidam como o terreno mais fértil para novos empreendimentos imobiliários.

Essas regiões combinam baixo custo de terreno, demanda estável e forte potencial de valorização patrimonial, criando um ambiente ideal para o desenvolvedor imobiliário regional que busca projetos rentáveis e escaláveis.

Além disso, o mercado de capitais está cada vez mais aberto a operações imobiliárias regionais, com funding estruturado, securitização de recebíveis e investidores institucionais atentos ao potencial de expansão fora das capitais.

Por que o interior é o futuro do mercado imobiliário brasileiro?

Cidades médias e polos regionais representam mercados menos saturados, com custos menores e retornos que podem ser mais previsíveis. Dados do Secovi-SP (2024) apontam que o interior paulista, por exemplo, pode apresentar velocidade de aprovação de projetos mais alta e terrenos mais acessíveis, acelerando lançamentos e aumentando a margem de retorno.

Além disso, a migração populacional e o aumento da renda média local tornam o público dessas regiões cada vez mais qualificado para o consumo de imóveis — tanto populares quanto de médio e alto padrão.

Em outras palavras, o interior pode ser o novo vetor de expansão do mercado imobiliário, combinando crescimento, liquidez e valorização para desenvolvedores que souberem planejar produtos com estratégia e pesquisa.

Os três pilares dos empreendimentos imobiliários de sucesso

Os empreendimentos que realmente crescem e atraem investidores têm uma característica em comum: estrutura e planejamento. No mercado atual, não basta lançar. É preciso estruturar projetos sólidos e com governança de qualidade desde a origem.

Os três pilares fundamentais para escalar o VGV são:

Viabilidade sólida e realista, com base em dados e projeções precisas;

Governança e controle com informações auditáveis, que reforçam a credibilidade perante investidores;

Estrutura financeira preparada para o mercado de capitais, capaz de atrair funding e sustentar o crescimento.

Esses pilares definem os projetos imobiliários de alta performance, que crescem com segurança e conseguem acesso a investidores institucionais e operações de mercado de capitais.

Conclusão: o futuro do VGV está fora dos grandes centros

O mercado imobiliário brasileiro está se redesenhando e o crescimento das cidades médias e polos regionais é a prova disso. Os desenvolvedores que souberem interpretar esse movimento e se prepararem com estratégia, governança e acesso ao capital certo serão os protagonistas dessas oportunidades do setor.

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