A construção civil em conformidade aos princípios ESG

Como o mercado de construção civil pode estar em conformidade aos princípios ESG?

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Por: Trinus.Co

Os investimentos com princípios ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês) chegaram para ficar. Cada vez mais investidores aderem a esses princípios para, ao mesmo tempo, buscar melhores rentabilidades e gerar impactos positivos para a sociedade e o planeta.

Além disso, há outro aspecto importante que impulsiona o crescimento dos investimentos ESG: a mitigação de riscos, pois uma empresa com boas práticas nessas áreas tende a obter resultados mais sustentáveis no longo prazo. 

Os números já começaram a comprovar essa tese. No primeiro semestre de 2020, período de grande estresse no mercado financeiro mundial por conta da Covid-19, o banco de investimentos americano Morgan Stanley fez um levantamento nos EUA com mais de 1,8 mil fundos de investimentos e fundos de índice (ETFs) e verificou que fundos com características ESG performaram melhor (ou tiveram menos perdas) que produtos sem esses critérios. 

Fundos de renda fixa ESG, por exemplo, chegaram a render 3,2% a mais no período que os seus pares tradicionais. Apesar de o período de análise ser de exceção, o banco de investimentos aposta que essa é uma tendência, uma vez que desde 2019 a diferença de rendimento em favor dos investimentos ESG vem se ampliando anualmente.

Segundo o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), organização política ligada à ONU para monitoramento de mudanças climáticas, o setor de construção civil é responsável por cerca de 30% do total de energia consumida no mundo e por 20% das emissões de gases do efeito estufa.

Ou seja: para conseguirmos atenuar os efeitos do aquecimento global será necessário um esforço desse segmento e as práticas ESG vão exatamente ao encontro dessa necessidade. 

Para as construtoras, seguir esses princípios trará um duplo ganho: além de serem responsáveis com o futuro do planeta, também terão a oportunidade de acessar mais fontes de captação de recursos, como os fundos de investimento imobiliário específicos para empresas que seguem as boas práticas ambientais, sociais e de governança.

Sustentabilidade na construção e nos empreendimentos

Na construção civil, a preocupação com a sustentabilidade vem em duas formas: no processo construtivo e nas características das obras entregues. Em ambos os casos, porém, as necessidades são as mesmas: 

  • Energias renováveis – nem sempre será possível montar uma estrutura de energia limpa nos canteiros. Porém, há empresas especializadas em vender créditos de energia solar, por exemplo. Nesse caso, a construtora compra em energia renovável o equivalente ao utilizado da rede tradicional, como forma de compensar o seu impacto. Em relação às unidades construídas, grandes empresas do mercado têm enxergado essa necessidade: a construtora MRV, por exemplo, divulgou que, até 2020, já tinha entregado mais de 2.500 unidades dos seus empreendimentos com energia solar, gerando até 80% de economia para as áreas comuns dos seus empreendimentos e para alguns apartamentos. A meta da empresa é entregar todas as suas unidades com essa tecnologia. A eficiência energética também pode ser verificada em detalhes dos projetos, como “telhados verdes”, que utilizam plantas para filtrar o gás carbônico e ajudar o prédio a reduzir a retenção de calor. Da mesma forma, o material e a cor da fachada também influenciam. Cores claras retêm menos temperatura, diminuindo a necessidade do uso de ar-condicionado e, consequentemente, de energia elétrica.
  • Resíduos sólidos – outro grande desafio é lidar com os entulhos e demais resíduos provenientes das obras. Hoje já é possível, por exemplo, reciclar concreto e argamassa sem causar prejuízo à resistência dos materiais. A utilização de madeira certificada – plantada e processada – é outra solução importante para se utilizar tanto em estruturas e detalhes dos pisos quanto na própria obra, na fase de concretagem.
  • Reutilização da água – a construção de cisternas para captação da água da chuva e sua reutilização em rega de jardins e lavagem das áreas comuns podem trazer até 50% de economia para os condomínios, o que é importante para o bolso e para o planeta.

Certificação internacional

Criado em 1993 pela USGBC (United States Green Building Council), o LEED é o selo que certifica “edifícios verdes”. Como funciona? A sigla Liderança em Energia e Design Ambiental estabelece parâmetros de validação para cada ação sustentável que uma construtora adota em um projeto.

Se colocar células para captação de energia solar, por exemplo, ganha uma quantidade de pontos. Reutiliza a água da chuva? O número aumenta. Assim, cada projeto é certificado de acordo com as suas iniciativas. 

O mínimo para se certificar no LEED é 40 pontos, mas existem três níveis acima: silver, gold e platinum. Esse último é para quem alcança 80 pontos ou mais e pode ser considerado um projeto de benchmark no setor. Clique aqui e acesse o site do USGBC para entender em detalhes as exigências do LEED.

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