Já ouvi e vivi muita coisa sobre colaboração em empresas. Quase sempre parecia significar “dar uma força quando alguém precisa”, ser ombro amigo, estar presente no perrengue. Por vezes isso me gerou incômodo, sobretudo quando parecia mais sobre ajudar na hora do aperto do que construir algo de verdade. Fiquei feliz quando cheguei na Trinus e percebi “como” a colaboração aqui funciona de um jeitão diferente do senso comum.
Aqui, colaboração não é só dividir tarefa ou sentar junto numa sala. É se implicar de verdade, não se contentar com o papel de figurante do próprio time, entender que tudo o que a gente faz reverbera em alguém. Ela está nos detalhes: numa troca rápida de corredor, num puxão de orelha respeitoso, numa crítica que faz crescer, num elogio sincero que motiva. Você percebe colaboração nos gestos, nas conversas sinceras, no olho no olho, muito além do discurso bonito.
No início de 2024, trouxemos a prática de declarar expectativas. A ideia era dar mais clareza sobre o papel de cada pessoa, independente da posição ou da complexidade. Mas, com o tempo, ficou impossível fingir que existe entrega isolada. Não adianta bater meta sozinho se o impacto não chega no coletivo. Cada declaração está conectada aos OKRs das áreas, que impactam diretamente os objetivos da Trinus. Aprendemos a cobrar a entrega individual, mas também a celebrar e, quando preciso, corrigir o impacto de cada um no resultado de todos.
Logo no início, focamos tanto em fazer acontecer que cometemos um erro: cobrava-se muito mais do que se comemorava, e isso desequilibrou as contrapartidas. Com o tempo, e errando mesmo, aprendemos o valor de celebrar. Reconhecer conquistas, por menores que sejam, virou parte do nosso jeito. Celebrar fortalece o time, cria vínculo e lembra a todos que o caminho importa tanto quanto o resultado. E, junto com isso, falar sobre erros deixou de ser tabu. Compartilhar o que não deu certo faz todo mundo crescer. Reconhecer falhas, ajustar a rota e seguir em frente faz parte do nosso jeito de evoluir.
Com mais clareza da expectativa individual e coletiva, também ficou ainda mais nítido que cada Shark tem a responsabilidade de conectar sua entrega com as demandas de quem está ao lado. Quando alguém resolve um problema de um cliente, por exemplo, isso pode gerar uma ideia pro produto, desafiar o time de tecnologia ou abrir chance para o comercial fechar negócio. Uma ação puxa a outra e, quando vê, o resultado coletivo já mudou por causa de uma colaboração lá na ponta.
Nessa busca de acertar, já demos cabeçada demais. Teve vez que, na pressa, cada um pegou uma parte sem combinar nada e o resultado foi retrabalho, cansaço, aquela sensação ruim de desperdício de energia. Quem nunca viu reunião cheia, mas com pouca contribuição real? Com o tempo, fomos pegando ranço de presenteísmo. Estar em tudo, querer opinar em tudo, não é colaboração. Aprendemos a perguntar: preciso mesmo estar aqui? Eu sou a pessoa certa pra decidir isso? Qual meu papel nisso tudo?
Esse amadurecimento fez a gente confiar mais uns nos outros, delegar melhor, desenvolver mais o time. Hoje identificamos presenteísmo de longe e, quando aparece, alguém fala. É uma vigilância coletiva. Ninguém aqui quer desperdiçar talento ou tempo.
Outro mito caiu: ser “o amigão da galera” não faz de ninguém um colaborador de verdade. Colaboração não é só simpatia nem evitar conflito. O que move a gente é confronto saudável, crítica construtiva, feedback honesto — aquele que incomoda, mas faz crescer. Colaborar é desafiar, puxar o outro para um lugar melhor, não deixar passar o que pode ser melhorado. Todo mundo aqui tem o mesmo objetivo: fazer a Trinus dar certo, juntos.
Ah, o grito de guerra da Trinus! A primeira vez que ouvi achei estranho, me senti deslocado. Mas, depois de mergulhar nessa cultura, entendi o valor. O grito é simples: “Juntos somos, TRINUS.” Hoje, toda vez que escuto, me arrepia. Porque naquele momento, por mais que cada um esteja no seu canto, na sua tela, todo mundo sente que faz parte.
A Trinus sempre foi referência em comemorar — festa, brinde, churrasco, a gente sabe fazer. Só que, no meio da diversão, entendemos que celebrar vai além de comemorar. Esses momentos servem para reconhecer erros, dividir acertos, aprender junto, ajustar a rota e fortalecer o time. A gente vem exercitando cada vez mais esse músculo: celebrar com intenção, para fechar ciclos, integrar pessoas e renovar o propósito coletivo. O que importa é quem está do lado, quem fez junto e como vamos seguir juntos, seja pra repetir o que deu certo, seja pra mudar o que não funcionou.
E, honestamente, o que mais me toca na colaboração da Trinus é essa sensação de que ninguém joga sozinho e ninguém quer vencer sozinho. Colaborar é sentir que faz parte do todo, e que só faz sentido se for junto. É olhar pro lado e saber que, independente do desafio, tem alguém junto. E quando a gente caminha junto, não tem obstáculo grande o bastante.
Juntos, somos muito mais fortes.
Juntos, somos Trinus